10.26.2008

Um banco hospedante.
Sento-me na quina
O mais afastado da última pessoa sentada
– é claro!
Por qualquer promíscua política nossa.

O ônibus não tem hora
(seria mais poético se fosse um trem...)...
Todavia é um ônibus.

É cidade esta Casa e o meu sentir meus sentimentos –
Um suspiro vadio;
Vazio áspero ao sentir o cheiro do mijo
Ácido ao meu estômago...
Usurpado pelo rasto das chagas advindas do espírito:
Mirins oferecem-me pacotes
– caseiros; industrializados; quase.
Mordem-me a alma,
Posto que a tenham.

(Levanto a cabeça,
o menino que há pouco ofereceu-me o pacote recusado,
baixa a dele,
ao que consigo ver um tédio indizível pueril que fala:
que não lhe sou útil;
que meu tédio, financeiro ou solidário – não importa – não lhe agrada;
que meus versos, que não os sabe escritos, pausados no colo para a recusa, calados,
não lhe dizem nada.)
Espírito, sois todo homem!
E mais!
E como se comportam seus espíritos singulares!
(Como se compotam em falsos açucares!) –
Como o mais e o menos onírico e falso da beleza de nossa grandeza pejorativa.

Estonteante tristeza rala
A alma...
Quantas me escapam!
Por mais que eu as busque (captá-lA);
Ou justo por não deixá-las à vontade.

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