12.03.2021

À Camila Morais

 A mão da menina faz arte,

Mistura mistério e saudade.


Resiste em amar:
Alarga o peito
Em traumas desaprendidos;
Ambos juntinhos nisso,
Conhecendo e maravilhando-se ao caminho.
Inventam a paisagem do laço, dos largos abraços e risos.

Calmos, folgam para trocar,
Transar aquela coisa nova e já sabida -
Úmidas superfície e entrância.
Entra, ativa, sua, soa,
Ressoa as almas, os corpos:
O novo desejo eterno
Somos.

Um momento para arranhar de leve a cobertura,
           como um doce maculado por dedo de criança,
                     que, singela, deturpa o chocolate sobre
E que de pronto lambe e se lambuza -
Prazerosa fruta,
Poderosa musa -
Dias e dias de alegria e cura.

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